Cooperativismo
Cooperativismo e Desenvolvimento
A Lei 5764/71 além de ser a lei geral das cooperativas é também considerada uma das principais, pois define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Nesta seara se torna imperativo salientar que as cooperativas são instituições que possuem no seu DNA a promoção do associativismo e da cooperação no meio em que estão inseridas.
De uma forma bastante simples é possível de se verificar que o cooperativismo está alicerçado nos valores e princípios das instituições cooperativas e, portanto, tem no seu propósito não somente a promoção dos seus associados, mas também, visam a promoção do desenvolvimento econômico e humano da sociedade, através da inclusão social, na geração de emprego e renda, na sustentabilidade e a melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida, entre outros aspectos que impactam no desenvolvimento dos locais e das regiões.
Em se tratando de valores, não é difícil de verificar o porquê da relação entre cooperativismo e desenvolvimento. Basta verificar os princípios que guiam o sistema cooperativo. De acordo com o SESCOOP/RS, são sete os princípios que orientam e definem os valores das cooperativas:
• Adesão Voluntária e Livre,
• Gestão Democrática e Livre,
• Participação Econômica dos Membros,
• Autonomia e Independência,
• Educação, Formação e Informação,
• Intercooperação e, por fim,
• Interesse pela Comunidade.
Assim, fica evidente que o cooperativismo acaba por ser uma filosofia de vida, onde pessoas e instituições são capazes de unir esforços em prol do desenvolvimento econômico, social e ambiental, trazendo assim, melhoria nas condições econômicas e no bem-estar das pessoas e das gerações futuras.
Referências:
https://www.sescooprs.coop.br/cooperativismo/principios/
Educação e Desenvolvimento
Tão importante quanto a cooperação, a valorização das pessoas e a formação de capital humano são essenciais para o desenvolvimento. Neste contexto, desde a estruturação dos pilares das ciências econômicas, as colocações de vários autores, ao analisar a produção e a organização industrial, são categóricas: o conhecimento, incorporado nas faculdades humanas, assume fundamental importância na compreensão do desempenho econômico das firmas e das nações. Assim, quaisquer medidas que levem ao aumento do conhecimento dos trabalhadores estão contribuindo diretamente para o crescimento da riqueza material de um país. Diversos autores posteriormente trataram de precisar melhor estas articulações entre o conhecimento e o desenvolvimento socioeconômico de uma nação.
Denomina-se Capital Humano as habilidades do indivíduo, ligadas às capacidades produtivas, e incorporadas no conhecimento e qualificação para determinadas tarefas. De fato, em vários processos de desenvolvimento estudados observa-se, cada vez mais frequentemente que, as diferenças de habilidades e qualificação são reconhecidas como um conjunto de fatores que permitem explicar as causas das diferenças de renda entre os indivíduos e o comportamento do demandante e do ofertante de trabalho perante as condições estruturais e conjunturais do mercado de trabalho.
Nesta perspectiva o capital humano agrega diversos aspectos do conhecimento humano e sua aplicação no desenvolvimento. Ele refere-se: à educação (formal e informal); ao conhecimento (codificados ou não); às habilidades que os indivíduos possuem; e, às competências e atributos que facilitam a criação de bem-estar pessoal, social e econômico. O capital humano inclui, ainda, aspectos motivacionais, de comportamento moral e de atitude.
Em geral, o capital humano e a educação se associam com baixas taxas de criminalidade, participações voluntárias em comunidades, participação política, confiança, entre outros aspectos, o que permite observar uma relação positiva entre o capital humano e o capital social.
Não se tenha dúvida de que o conhecimento é considerado um fator competitivo para qualquer nação, região ou município. Observa-se facilmente em qualquer painel de estatísticas internacionais sobre o desenvolvimento que, foi por meio do capital humano e dos investimentos em educação e conhecimento que diversos países alcançaram altos níveis de desenvolvimento econômico e social. Aliás, para se referir a este processo, alguns autores afirmam que vivemos numa verdadeira era da “economia do conhecimento” ou da “economia do aprendizado”, onde o recurso competitivo principal é o conhecimento e o aprendizado o processo central dessa fase.
Referências:
Texto, em cópia literal, com adaptações, de artigo Capital Humano e Desenvolvimento Econômico no Rio Grande do Sul: Uma Abordagem Multivariada.
COSTA, N. L., COSTA, V. O., MATTOS, C. A. C. de, TEIXEIRA, O. A., FLORES, A. J., & Oliveira, G. N. de. (2017). Capital Humano e Desenvolvimento Econômico no Rio Grande do Sul: Uma Abordagem Multivariada. Desenvolvimento Em Questão, 15(38), 380–402. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.38.380-402